Anastasia vai melhorar salários dos professores
“Não há governador que não queira conceder reajustes. É a coisa mais simpática que existe. Mas mais simpático que conceder o reajuste, é conseguir pagar o salário reajustado.
Precisamos tornar a carreira do magistério mais atraente e trazer cada vez mais as pessoas não só vocacionadas, mas que trabalhem felizes. Para isso, temos de ter condições de trabalho e de remuneração. Sou professor, filho de professora do Estado, neto de professora do Estado e irmão de duas professoras. Não há, talvez, no Brasil inteiro, um candidato que mais tem simpatia e conheça o tema da educação do que aquele que é professor por carreira e por vocação”, afirmou o governador, durante a sabatina.
Antonio Anastasia fez um relato aos estudantes sobre a perda de atratividade e valorização salarial que a profissão do magistério sofreu nos últimos 80 anos em todo o País.
“Como a carreira aumentou de 5 mil professores, para 300 mil, em Minas, e no Brasil, foram milhões. Houve, naturalmente, uma queda na remuneração em todo o País. E a atratividade da carreira diminuiu com o passar do tempo. Quando falo passado, me refiro à década de 30”, lembrou.
Ele afirmou que entre as propostas de seu Plano de Governo para a Educação está a implantação das novas tabelas de remuneração dos servidores, com reajustes anuais. A partir de janeiro de 2011, o piso dos professores em Minas passará para R$ 1.320,00 para 24 horas trabalhadas por semana. O professor que fizer opção pela jornada de 30 horas semanais receberá R$ 1.650,00.
O governador também fez questão de destacar a qualidade dos professores mineiros. Segundo ele, graças aos servidores estaduais e aos investimentos do Governo do Estado, Minas é hoje o Estado que apresenta os melhores resultados nas avaliações nacionais do ensino.
“Minas foi o primeiro do Estado do Brasil a criar o ensino de 9 anos. Minas apresentou esse ano o melhor desempenho do Ideb do Brasil. Minas ficou na frente do Distrito Federal, São Paulo, muito mais rico, do Rio Grande do Sul, muito mais homogêneo”, disse o governador.
Garantia de cumprimento da Lei 100
Antonio Anastasia também afirmou que os servidores designados, efetivados pela Lei Complementar 100, criada no Governo Aécio/Anastasia em 2007, serão garantidos nos seus postos de trabalho. O anúncio foi feito para tranqüilizar estes servidores em relação a declarações de outros candidatos, que se mostraram contrários à Lei Complementar 100 e às garantias dos servidores designados.
“A lei 100 foi criada no nosso governo, com o objetivo exatamente de dar segurança aos professores que não tinham vínculo permanente. Eles eram convocados e não havia uma relação permanente. O nosso governo fez uma proposta e a lei foi aprovada na Assembleia e esses professores foram efetivados. Mais uma vez surge um movimento de boatos em época de eleição, de que ´vão acabar com a lei 100´. O nosso governo não vai acabar, porque fomos nós que criamos. Então, defendemos vigorosamente a lei 100 e a sua plena aplicação”, afirmou.
A LC 100 faz parte do processo de valorização do servidor estadual. A lei vincula servidores designados da ativa e inativos da Educação ao regime previdenciário próprio do Estado. Foram beneficiados pela lei servidores que ocupam 100 mil cargos nas escolas da rede de ensino e universidades estaduais Uemg e Unimontes. Eles passaram a ter os mesmos direitos previdenciários dos servidores efetivos que desempenham as mesmas funções sob idênticas condições de trabalho.
A medida faz justiça aos trabalhadores designados que vinham contribuindo para o regime previdenciário próprio dos servidores efetivos do Estado sem ter garantia em relação ao tipo de aposentadoria a que têm direito – se pelo INSS ou pelo regime próprio do Estado. Os designados são funcionários que prestam serviços ao Estado através de contratos temporários de trabalho. Alguns estão nesta condição há mais de 20 anos.
Recuperação
Antonio Anastasia lembrou que, desde 2003, o Governo de Minas tem buscado melhorar a remuneração dos servidores do Estado. Segundo ele, a partir da recuperação das finanças do Estado, promovida com o Choque de Gestão, o Governo de Minas passou a pagar os salários e o 13º em dia, quitou as verbas retidas e criou o Prêmio por Produtividade, adicional relativo ao cumprimento de metas dos servidores estabelecidas pelas secretarias.
“Quando nosso governo começou, em 2003, não tínhamos recursos para pagar o salário em dia, aliás, ele não era pago em dia há mais de 12 anos. O 13º não existia. Então, nosso primeiro grande esforço foi colocar a casa em ordem, pagar em dia, pagar o 13º, pagar as verbas retidas, que eram dívidas que havia com os funcionários. No segundo momento, organizamos o sistema de carreiras e criamos o adicional de produtividade, um 14º salário, aliás, pago este mês para os servidores da ativa. E iniciamos a concessão de reajustes, dentro, e aí está o grande alerta, dentro da realidade orçamentária do Estado”, disse.
Ao longo dos últimos anos, a categoria dos professores foi contemplada com diversos benefícios. Em maio deste ano, os professores de Minas receberam 10% de aumento. Em 2007, também foi concedido um reajuste de 5% sobre o salário básico para todos os servidores da educação.
Em 2006, foi regulamentada a promoção por escolaridade adicional de todos os servidores efetivos e da ativa da educação básica. Em 2005, foi implantado Plano de Carreira dos Profissionais da Educação Básica do Estado. A remuneração passou a ser definida de acordo com a qualificação acadêmica e não mais pelo nível de atuação do servidor, além de manter o direito à promoção por tempo de serviço.
Escolas reformadas
Antonio Anastasia também destacou os investimentos do Estado na infraestrutura das escolas, que permitiram melhores condições de trabalho para os professores. De 2003 a 2009, o Governo do Estado investiu cerca de R$ 1 bilhão para obras de reforma e melhorias em 100% das escolas estaduais.
“Ao longo dos últimos anos, conseguimos reformar praticamente todas as escolas do Estado. Muitas não tinham água nem energia elétrica. Então, foi feito um grande investimento físico. Fazendo as quadras, depois cobrindo as quadras. Fazendo laboratório de informática, que não existia. Hoje, praticamente 100% das escolas têm laboratório de informática. Compramos 40 mil computadores”, disse.
Fonte: Coligação "Somos Minas Gerais"- 13/09/2010 - Assessoria de Imprensa
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